Exame toxicológico passa a ser obrigatório para motoristas profissionais
Na terça (20/06) foi sancionada a lei que determina o retorno do exame toxicológico para motoristas profissionais. Motoristas que perderem o prazo serão multados após 30 dias corridos da data de vencimento estabelecida, além de suspensão do direito de dirigir para casos de reincidência no prazo de 12 meses.
O exame toxicológico é um teste que busca detectar a presença de substâncias químicas no organismo. Ele é um procedimento fundamental para diversas situações, como avaliar a saúde do paciente, monitorar o uso de medicamentos e, principalmente, detectar o uso de drogas ilícitas.
Muitas empresas e órgãos públicos exigem o exame toxicológico de seus funcionários e candidatos a cargos, especialmente aqueles que atuam em áreas que demandam atenção e responsabilidade, como motoristas de ônibus, caminhão e carros de transporte coletivo.
O uso de drogas antes de dirigir é uma das principais causas de acidentes nas estradas, e a exigência do exame toxicológico para motoristas profissionais tem sido uma medida efetiva na prevenção desses casos.
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente são registradas cerca de 200 mil mortes no mundo por acidentes de trânsito causados por condutores sob o efeito de entorpecentes.
“Esse exame não deve ser encarado como uma forma de punição ou repressão. Ele deve ser visto como uma forma de proteger a saúde e a segurança tanto do motorista, quanto da sociedade como um todo. A detecção do uso de drogas é fundamental para prevenir o número de acidentes de trânsito”, diz o empresário e técnico em Segurança do trabalho, Eder Carvalho.”
Eder, que possui clínicas de Segurança e Medicina do Trabalho no Estado do Paraná (EPA Assessoria) disse em entrevista que as 3 unidades já estão preparadas para o aumento de demanda nos exames após a Lei sancionada.
Até a data da entrevista o empresário relatou que suas clínicas já haviam realizado cerca de 10 mil exames toxicológicos nos quase 5 anos de existência, número que tende a crescer com a nova Lei já que a Rede é referência no Estado.
Por Beatriz Villas Bôas
