TDAH: “Não tem cura mas há tratamento que possibilita o controle”, afirma a psiquiatra Dra. Mayara Cezario
TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade. Esses sinais devem obrigatoriamente manifestar-se na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente reconhecidos e tratados.
Em conversa com a psiquiatra Dra. Mayara Cezario, ela explica que, “as causas do TDAH são multifatoriais, ou seja, uma combinação entre fatores genéticos, ambientais e sociais. Primeiramente precisamos entender se de fato estamos diante de um caso de hiperatividade. Não é incomum as pessoas utilizarem o termo para se referirem a ‘pessoas muito agitadas’ ou ‘ansiosas’, sem nunca terem tido um diagnóstico médico. O diagnóstico médico de hiperatividade, se refere a pessoas com TDAH.”, explica a psiquiatra.
Sobre o diagnóstico, Dra. Mayara conta que é clínico, e muitas vezes pode ser necessário realizar uma avaliação neuropsicológica para auxiliar no diagnóstico e apontou também como o psiquiatra avalia o TDAH. “É levado em consideração todo o histórico de desenvolvimento do indivíduo, em sua vida pessoal, escolar e profissional. Não costumamos fechar o diagnóstico em um único atendimento, sendo necessário múltiplas avaliações”, disse.
Mas afinal, o TDAH tem cura?
“Por se tratar de um transtorno do neurodesenvolvimento, não há cura. Porém, há tratamento e o possibilidade de controle”, conclui a médica.