Depois dos EUA, políticos pressionam para que Itália não receba Bolsonaro
Não é apenas a Casa Branca que está sob pressão por conta da presença em território americano do ex-presidente Jair Bolsonaro. A questão passou a dominar o debate diplomático também na relação entre Brasil e Itália, país de origem da família que esteve no poder no país até o final de 2022.
O temor de uma parcela da classe política é de que, com um governo de extrema direita e aliados em Roma, Bolsonaro possa encontrar um destino para sua família, se tiver de deixar Orlando, onde se encontra hoje, ou se tentar evitar a Justiça no Brasil
Ao UOL, diplomatas europeus confirmaram que esse cenário de um desembarque do ex-presidente na Itália preocupa, principalmente diante da reação que teriam diversas forças políticas no continente.
No Parlamento Europeu, deputados negociam neste momento a possibilidade de incluir a crise institucional no Brasil na agenda de reuniões oficiais do Legislativo. Para alguns dos parlamentares, um dos caminhos seria o de propor uma moção de censura contra Bolsonaro.
O ato teria apenas um valor simbólico. Mas elevaria a pressão sobre qualquer governo que acenasse para receber o ex-presidente.