Estado de sítio: defesa de Bolsonaro diz que texto já era conhecido

Foto: Reprodução / Redes Sociais

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que o documento encontrado no escritório do ex-chefe do Executivo, na sede do PL em Brasília, já era investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito da operação que envolvia o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que o documento encontrado no escritório do ex-chefe do Executivo, na sede do PL em Brasília, já era investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito da operação que envolvia o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Os advogados de Bolsonaro afirmam que as investigações, no ano passado, encontraram possíveis minutas de decretos de Estado de Sítio ou de Operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no celular de Mauro Cid, durante a prisão preventiva do militar.

Segundo a defesa, Bolsonaro teria solicitado aos seus advogados as tais minutas para que “pudesse tomar conhecimento do material dos referidos arquivos”. Esses documentos teriam sido impressos e permanecidos no escritório do ex-presidente na sede do PL.

“Trata-se, portanto, de documento que já integrava a investigação há tempos e cujo acesso foi dado ao ex-presidente por seu advogado, vez que, repita-se desconhecia, até então, sua existência e conteúdo”, alega a defesa de Bolsonaro.

Os advogados alegam que o ex-presidente só soube das tais minutas em outubro do ano passado. A defesa de Bolsonaro é constituída por Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.

Delação premiada

Em delação à PF, Mauro Cid apontou que Bolsonaro teve participação direta na redação da minuta de decreto de Estado de Sítio e GLO com os comandantes das Forças Armadas, segundo O Globo.

Ainda de acordo com o tenente-coronel, o ex-presidente teria pedido alteração no documento que determinava a prisão de autoridades e a reação de novas eleições no país. A delação de Mauro Cid foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).